No bairro de Amandaba,
lugar onde passei a minha infância, adolescência e juventude, vivia
cercado pelo carinho dos meus familiares.
Uma
das minhas tias, pessoa simples e dinâmica, mas de grande conhecimento
espiritual, sempre nos dizia, nas noites enluaradas quando nos reuníamos
no quintal da sua casa para ouvir seus conselhos:
- A ajuda que fazemos ao próximo tem que ser na medida certa de sua necessidade.
O
auxílio deve ser como a água que temos, e devemos doá-la conforme o
recipiente do pedinte. Se a pessoa necessitar de um copo devemos doar um
copo.
E, prestemos
atenção! Se tomos água para doar e o necessitado não a quer, não
devemos dar, porque ele não lhe dará valor, não está com o recipiente
preparado para recebê-la.
E,
se temos a água é porque trabalhamos para isso, e o outro quase sempre
poderia obter com o trabalho, mas, às vezes, acha mais fácil pedir.
E
quando damos, não devemos dar a mais, porque esse excesso pode ser
desperdiçado. É muito importante ensinar a quem pede a pegar a água para
si por sua necessidade, como também orientar quem a recebe a dar valor a
isso e a ser grato.
Devemos ficar atentos para que os que recebem não fiquem acostumados, porque há momentos para receber e outros para doar.
Sergio Martins
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