Contava meu avô que o vinho de certo povoado daquela região da Espanha era famoso.
Todos os anos, ocorria uma grande festa, durante a qual era possível saborear à vontade a bebida.
A fartura vinha de um gigantesco tonel colocado na praça da pequena cidade do qual era possível tirar o vinho. Cada produtor despejava no tonel uma ou mais garrafas da produção das suas terras. Depois todos bebiam.
Chegado o dia da cerimônia, o Seu Alonso pensou que se ele despejasse uma garrafa de água no tonel ninguém iria descobrir com tanto vinho que lá era jogado. Não queria dar de graça aos outros, algo que tinha custado tanto do seu suor.
Assim o fez. Entrou na fila dos produtores e no meio nos aplausos derramou água.
Conta a história que quando abriram a torneira do tonel da praça para iniciar a festa dele saiu água, somente água. Nada de vinho.
Evidentemente, contava meu avô, nunca será possível saber se naquele ano todos os produtores tiveram a mesma ideia do Seu Alonso e despejaram água no tonel, ou se aconteceu algum fato extraordinário. Se a água, isto é, o egoísmo do Seu Alonso transformou o resto do vinho em água também.
O festival de vinho acabou em nada. A generosidade transforma tudo em alegria, o egoísmo transforma tudo em tristeza. Em tudo que você fizer, que tal fazê-lo com generosidade e alegria?
Quantas pessoas iguais ao Seu Alonso existem por ai, no mundo, na vida?
Diz a Magia da Vida através das palavras do Senhor:
– Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza, nem constrangimento. Deus ama quem dá com alegria (2 Cor. 9,7)
Sergio Martins
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