sábado, 4 de junho de 2011

Magia da vida

                           O rei e o órgão
       
Esta história aconteceu, certa vez, no palácio de um rei onde havia um órgão musical.
Ele amava aquele órgão, mas algo deu errado e o órgão era tão singular que ninguém conseguiu consertá-lo. Ninguém jamais vira um órgão como aquele. O rei tinha ouvido o órgão quando ainda era muito criança e seu pai ainda vivia, e desde então algo tinha dado errado. Mas ele amava tanto o órgão que o mantinha no seu quarto.
Era lindo, mesmo exteriormente era bonito. Muitos peritos foram chamados em vão. Eles fizeram todos os esforços possíveis e as coisas foram de mal a pior; o órgão foi sendo cada vez mais destruído. O rei perdeu a esperança, o órgão não podia ser consertado.
Então, um dia, de repente, um mendigo apareceu e ele disse ao porteiro: -“Ouvi dizer que algo aconteceu com o órgão. Eu posso consertá-lo!”. O porteiro teve vontade de rir, porque grandes peritos, grandes músicos de muitas capitais do mundo tinham vindo e nenhum conseguiu descobrir o que estava errado. Eles nem mesmo conseguiram reconhecer que tipo de órgão era aquele e que tipo de música fora criada para ele, era demasiado complexo. Ele teve vontade de rir, mas olhou para o mendigo e a voz e os olhos do infeliz pareciam fidedignos; a expressão que ele passava era absolutamente confiante. Tratava-se de um mendigo, mas seu rosto parecia majestoso. A mente do porteiro estava dizendo: “Mais uma vez será perda de tempo”, mas seu coração dizia: “Esse homem parece tão confiante, que mal pode haver em deixá-lo tentar?” E então ele o levou ao rei.
Olhando para o mendigo o rei riu e disse: -“Está louco? Todo tipo de perito tentou e falhou. Você deve estar louco. Você acha que pode consertá-lo?”.
O mendigo disse: -“Mais nenhum dano pode ser causado. O órgão está completamente danificado. Eu não posso piorar o seu estado, então, que mal há me dar uma chance?”.
O rei pensou: “Ele tem razão, porque nada mais pode ser feito para danificar o órgão”. Assim ele disse: -“Certo, então tente”. Durante muitos dias o mendigo desapareceu atrás do órgão. Trabalhou e trabalhou sem parar, e de repente, à meia-noite, ele começou a tocar o órgão. O palácio inteiro foi preenchido com uma melodia desconhecida, algo tão divino que todos correram para ver.
O rei saiu do seu quarto e disse: -“Você fez isso! Deve ter sido muito difícil. Quase impossível. Você fez um milagre!”.
O homem disse: -“Não, não foi difícil porque, em primeiro lugar, eu o construí. Nos tempos de seu pai eu construí este órgão, assim não foi difícil”.
O ego, o pensamente e a inteligência é o grande perito da vida.
Mais vale um mendigo sábio do que muitos peritos ignorantes.
Veja o mundo ao seu redor e perceba tudo que puder perceber. Em cada momento, diante de cada pessoa, os sinais mostram a sabedoria eterna.
Um “sim” ou um “não” pode mudar toda a nossa existência.
“O rio pode desaguar no oceano e de repente a melodia surge. Uma música sairá de você, uma música que você nunca ouviu. Esta melodia só está escondida dentro de você, o ego só tem que ser colocado para fora do caminho”.
Não devemos julgar os outros por suas aparências, porque ainda desconhecemos o nosso interior.
Meu Deus, por que nós somos tão severos com o próximo? Ninguém pode dizer que conhece alguém sem lhe conhecer a alma. A cada um, basta sua própria consciência.
Acredite nas pessoas, por mais simples que elas sejam... Olhem para os meus olhos e sintam a minha voz; dê-me uma chance. Meus pensamentos, a minha mente é de um humilde ser humano a mendigar o auxílio como um perito escritor na arte que exerço para editar o livro “Magia da Vida”.
“Mesmo para um mendigo cego permanece o perfume das flores”.
Fonte: Sergio Martins
Cidade: Mirandópolis
                                    

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