Déjà Vu
Olho cada um dos meus leitores, estendo a mão, agradecendo por estarem ali.
Meu corpo pode estar peregrinando, mas quando minha alma voa de um lugar para outro nunca estou sozinho: sou as muitas pessoas que conheci e que entenderam minha alma através das mensagens da Magia da Vida.
Tenho um déjà vu. Todo mundo tem às vezes. É aquela misteriosa sensação de que já vivemos o momento presente, não é preciso ser mago para isso.
Mas o déjà vu vai muito além de uma surpresa que esquecemos rapidamente, porque jamais nos detemos em algo que não faz nenhum sentido. Ele mostra que o tempo não passa; é um salto em algo que já foi realmente vivido e está sendo repetido.
Não me torturo. Há muito tempo aprendo que para curar minhas feridas eu precisava ter coragem de encará-las. Aprendi também me perdoar e a corrigir meus erros.
Sei que a luz ilumina apenas o estrangeiro. Pois “ninguém é profeta em sua terra”. Tendemos sempre a valorizar aquilo que vem de longe, sem jamais reconhecer tudo de belo que está ao nosso redor.
De vez em quando precisamos ser estrangeiros de nós mesmos. E assim a luz escondida, o déjà vu, de nossa alma iluminará o que precisa ser visto.
A solidão pode ser muito grande e opressora, mas terminará desaparecendo se nós estivermos mais em contato com os outros.
Li certa vez que não existem duas folhas iguais numa floresta de 100 mil árvores. Mesmo apesar do déjà vu, também não existem duas viagens iguais no mesmo caminho.
O meu pensamento me faz redescobrir que são os pequenos gestos cotidianos que nos aproximam de Deus – desde que eu saiba dar a cada um deles o valor que merece.
“Saia do conforto e vá em busca do seu reino.”
Todos que se lançam em busca do seu reino sabem que não vão encontrar nada disso - apenas desafios, longos períodos de espera, mudanças inesperadas ou, o que é pior, talvez não encontrem nada.
Fonte: Sergio Martins Cidade: Mirandópolis
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