segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Acima de tudo, tenha compaixão por si mesmo


Tenha paciência com todas as coisas, mas principalmente tenha paciência consigo mesmo! A cada dia que se inicia, começa a tarefa de novo.
Uma vez li uma citação que dizia: “Um homem paciente é aquele que consegue se suportar”. Com o passar do tempo, compreendi melhor a sabedoria daquelas palavras e as da citação de São Francisco. Ao cultivar a paciência, nós tornamos mais capazes de nos amar com toda a nossa imperfeição e beleza, com nossos fracassos e sucessos.
Quanto mais reflito sobre a paciência, mais consigo ver que a impaciência é, na verdade, uma sintonia de perfeccionismo.
Se esperarmos que nós e os outros sejamos perfeitos, que o ônibus, os elevadores e os sistemas de mensagens eletrônicas sempre funcionem bem, perderemos a paciência todas as vezes que alguma imperfeição surgir: a bagagem extraviada, um esquema de horários arruinado, garçons mal educados, familiares intrometidos, crianças malcriadas.
Por outro lado, quanto mais admitirmos que a vida é desorganizada e imprevisível, e que as pessoas se viram da melhor maneira possível, mais paciência teremos em relação às circunstâncias e às pessoas que nos cercam.
No entanto, só poderemos fazer isso se formos tolerantes e pacientes com nossas atitudes, se sentirmos compaixão por nós, por nossas fraquezas e imperfeições. Quando exigimos de nós a perfeição, somos severos, inflexíveis e críticos. Qualquer erro é inaceitável e, por isso, o escondemos e fingimos que ele nunca aconteceu.
Agindo assim, não aprendemos com nossos erros e somos condenados a repetí-los. Se, em vez disso, nos tratarmos com carinho e delicadeza, como uma mãe trata o seu recém-nascido, poderemos reconhecer nossos erros e fazer escolhas mais sábias no futuro.
Quando nos tratamos com compaixão, entramos em sintonia com nossa fragilidade – nossa aflição, nossa irritação e nossa raiva. Ao aceitá-las como características inevitáveis dos seres humanos, nos tornaremos mais capazes de administrá-las e transformá-las e dissolvemos a rígida exigência da perfeição. Mesmo que não tenhamos correspondido às nossas expectativas – muitas vezes irreais -, nós nos amamos assim mesmo, exatamente como somos. E, quanto mais amor e compaixão temos por nós, mais paciência teremos para conceder ao resto das pessoas imperfeitas que povoam este mundo tão longe da perfeição.
O amor e a paciência são dois fios que entrelaçam. Com o amor, podemos ser pacientes com nós mesmos, com os outros e com a própria vida. Com a paciência podemos nos amar, amar outras pessoas e amar a misteriosa e assustadora jornada da vida. Cada fio inspira e apóia o outro.
“O mundo não é um playground, ele é uma sala de aula. A vida não é um feriado, ela é um aprendizado”.
E a pergunta que sempre devemos nos fazer é: “Como podemos amar melhor?”.
Possa a sua paciência dar-lhe a capacidade de enfrentar esse grande desafio e possa o seu amor – por você e pelos outros – ser um instrumento eficaz para desenvolver a sua paciência, fazendo com que ela brilhe no mundo e o transforme num lugar melhor para todos os seres vivos.


Fonte: Sergio Martins
Cidade: Mirandópolis

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