Tem hora que nos damos conta de quantas tralhas e inutilidades acumulamos ao longo do tempo e nos deparamos com montanhas de quinquilharias abarrotando estantes, gavetas e despensas.
Muitas vezes simplesmente por comodismo ou por pura preguiça de perder um tempo e selecionar o que é preciso jogar fora. Assim, também, fazemos com acontecimentos de nossas vidas e acumulamos dissabores, mágoas e revoltas que vão preenchendo nossos espaços internos e, de repente, não há mais espaço para nada.
Qual a utilidade em ficarmos estocando ressentimentos passados, discussões já resolvidas ou pendengas emocionais e que nem têm mais importância? Para que despejar as mesmas e velhas histórias a cada nova oportunidade?
Estes sentimentos mofados em nossas almas só ajudam a infectar novas ideias ou possibilidades.
Por vezes, estamos tão repletos destas tolices que ficamos sem tolerância para qualquer novo contratempo da vida. Deste jeito, uma bobagenzinha cotidiana toma forma de avalanche porque esquecemos de limpar nossas geleiras pessoais.Sempre digo que não podemos ser pararraios e absorvermos todas as energias que nos atingem, mas também saber ser bumerangues e rechaçar os fatos negativos que os batem de vez em quando.
Assim como jogamos fora o velho jornal, doamos uma roupa usada e colocamos na lixeira as bugigangas que só ocupam espaço, é também preciso limpar nódoas bobas do passado e conflitos inúteis.
Não tempere suas mágoas e aprenda a usar o mesmo fermento para proliferar as boas sensações da vida.
Fonte: Sergio MartinsCidade: Mirandópolis
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