sábado, 13 de agosto de 2011

A força de um abraço


Ele acordou indisposto e irritadiço.
Seus pensamentos logo se voltaram para o escritório, lembrando de problemas ainda pendentes de solução, bem como do trânsito que teria que enfrentar. Ficou mais irritado ainda.
Tomou rapidamente um pouco de café, despediu-se da esposa e caminhava para a porta quando ouviu aquela voz com jeitinho de sono ainda que caminhava, e meigamente lhe falou: “Papai, espere por mim!”.
Ele parou, voltou-se. Ali estava sua filhinha, de 5 anos, de pijama, braços estendidos para lhe dar um abraço.
Abaixou-se, depositou a mala de trabalho no chão, e acolheu-a demonstrando uma certa pressa.
Ela aconchegou-se num forte e demorado abraço, beijou-o e disse-lhe: Todas as noites eu agradeço ao Papai do Céu assim:  

“Obrigado, Papai do Céu, por tudo. Mas, muito mais por você me ter dado um papai e uma mamãe que me amam”. Deu-lhe mais um beijinho e mais um abraço, dizendo-lhe: “Eu amo muito você. Tchau, até depois, estarei aqui esperando por você”.
Aquele momento, aquele abraço e aquele beijo tiveram o efeito de algo como uma forte descarga elétrica lhe passando da cabeça aos pés.
Saiu irradiando alegria por todos os poros. Meio que caminhando nas nuvens. Mudara totalmente seu estado mental já não era o mesmo.
No trânsito, dirigiu com a maior cortesia e paciência, distribuindo sua satisfação.
Quando chegou ao prédio do escritório, cumprimentou o garagista do estacionamento com sinceridade.
Adentrou o elevador tendo dado a vez aos outros que também ali estavam e, sorridente, desejou um autêntico bom dia a todos.

Como há muito não fazia, entrou no escritório com um largo 

sorriso no rosto 

e cumprimentou cada um dos funcionários com 


               um aperto de mão.
 


Passou pela sala do seu chefe, pediu licença e entrou. Dirigiu-se até ele, deu lhe as mãos e o abraçou.
Depois, olhando-o disse-lhe: “Há tempos estou para lhe falar duas coisas. A primeira é que lhe sou muito grato pela oportunidade que me deu na sua empresa, ao contratar-me. A outra, é a de que aprendi a devotar-lhe além de respeito de um funcionário para com seu patrão, grande amizade e reconhecimento, pela sua forma leal de ser para comigo e para com os demais”.
Antes que seu chefe se recuperasse da boa surpresa, concluiu: “Neste momento estou repassando-lhe um pouco de alegria que minha filinha me deu hoje, antes que eu saísse de casa”.
Ambos sorriam; nada mais falaram. Foram para seus afazeres do dia. Os dois, já não eram mais os mesmos.
A força de um abraço com carinho e fraternidade pode transformar o mundo, começando por transformar o seu dia ou o dia de alguém para muito melhor.
Faz tempo que você não abraça seu filho? Há quanto tempo não abraça sua esposa ou esposo, como quem abraça um devotado amigo ou uma devotada amiga?
Lembra-se de quando foi o seu último abraço sentido e verdadeiro em seu pai e em sua mãe? Um abraço como se fosse sua oração de gratidão a Deus pela presença deles em sua vida?
Pense nisso! Pense na força de um abraço.

Fonte: Sergio Martins
Cidade: Mirandópolis

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