Todas as coisas estão unidas umas com as outras. O universo é um sistema, uma unidade, cuja compreensão só é possível em um sentido total, integralmente.
Mas se o universo é uma unidade, também nós, seres humanos, não somos mais que uma parte desse todo, e é pois, não só inútil, mas errado, pretendermos estabelecer critérios classificadores da realidade.
Se somos parte do todo, não podemos arbitrariamente nos colocar de fora. Se o fizermos, não teremos uma visão completa sem nos contar.
É preciso ter uma harmonia mais completa entre nós e o mundo circundante, de qual somos parte, uma racionalidade mais tranquila, saber que, de qualquer modo, estamos sempre em nosso porto.
Agir espontaneamente, isso é a vida. Agir criativamente, sem que todas as nossas prevenções e convenções culturais nos façam perder o nosso primeiro impulso.
O homem repleto de suscetibilidade, que tem a sensibilidade à flor da pele, é uma calamidade social em todos os períodos da história humana. Empedernido em sua ambição pessoal, o seu comportamento agressivo serve para esconder o desenvolvimento interior de seu medo de insuficiência.
Mas isso não faz parte da legítima estrutura daquela forma de vida do universo conhecida como homem.
“As flores continuam a desabrochar como se nada houvesse e não se preocupam com coisa alguma”.
Fonte: Sergio MartinsCidade: Mirandópolis
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